top of page

Praticar o surfe no meio da pandemia...

A prática do exercício físico, como o surfe, traz benefícios cardiovasculares, metabólicos, endocrinológicos, musculoesqueléticos e principalmente no controle dos transtornos de humor


Imagem Ilustrativa / Foto Charles Roberto


O médico responsável pelo departamento de Saúde e Bem-Estar da Federação de Surf do Estado de São Paulo (SPSurf), Dr. Franz Burini, em seu recente artigo associando a prática de esportes x covid19, mostra que o exercício físico contribui e muito para o equilíbrio do metabolismo da pessoa reduzindo, consequentemente, o risco do surgimento de doenças crônicas. O objetivos do artigo é apontar que a prevenção ou tratamento das doenças, por meio de práticas esportivas, é o melhor caminho a seguir.


Que o sedentarismo apresenta repercussões deletérias à saúde, já sabemos. Que o exercício físico é conduta terapêutica (tratamento) de inúmeras doenças, certamente com menos efeitos colaterais que a maioria dos remédios existentes no mercado, já é consensual nos principais posicionamentos de sociedades médicas em nível mundial.


Partindo-se do conceito que o melhor exercício físico, é o que é feito, difícil imaginar uma atividade desportiva com maior prazer e satisfação a ser realizado que o surfe: estímulos de equilíbrio, propriocepção, flexibilidade, estabilidade, além do estímulo cardiorrespiratório, além da interação com o meio ambiente.


A prática do exercício físico, como o surfe, também traz benefícios cardiovasculares, metabólicos, endocrinológicos (melhor controle de diabetes e alterações do colesterol), musculoesqueléticos e principalmente no controle dos transtornos de humor (stress, ansiedade, depressão) estão dentre os principais, e não podemos deixar de enfatizar em tempos de pandemia, o benefício do sistema imunológico.


Isto posto, ao mesmo tempo que infinitos são os esforços em nível mundial para desenvolvimento e adoção de estratégias de combate ao COVID-19, devemos também focar no outro lado da moeda: os indivíduos, que neste momento também tem que trabalhar o controle do stress, da ansiedade, manter uma nutrição adequada (fugindo do “Comfort Food”/“Fast Food”) e a prática de exercícios físicos são fundamentais para otimização da saúde populacional e melhor chance de sobrevida, quando em contato com vírus.


E, quando se fala da prática do exercício físico também podemos falar de tratamento, e qualquer situação que possa dificultar o acesso a tratamento de pacientes e da população, até deveria e poderia envolver responsabilidades judiciais.


Sabe-se que quando acometidos, indivíduos com fatores de risco pré-existentes, como os passíveis de prevenção ou tratamento via dieta e exercício físico, são os com maior probabilidade de desfecho fatal.


Óbvio que temos que nos cuidar e muito neste momento, com bom senso e responsabilidade. Se teve contato recente com paciente ou possível portador do vírus, faça do isolamento social (ISOLAMENTO) um ato de respeito a todos; caso esteja com mal estar ou algum sintoma sugestivo do vírus, procure cuidado profissional pertinente.


E, não deixe de ser fisicamente ativo. Nós apaixonados pelo surf não podemos deixar de levantar a bandeira das características peculiares do nosso esporte: praticado ao ar livre, que respeita o distanciamento e apresenta repercussões extremamente favoráveis no combate ao covid-19. E, não se esqueçam que o exercício físico, seja ele qual for, faz parte de recomendações médicas na prevenção de inúmeras situações, e você tem direito ao acesso a seu tratamento.


Dr. Franz Burini, além de ser o responsável pelo departamento de Saúde e Bem-Estar da SPSurf é médico do esporte, membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, do American College of Sports Medicine, Comitê Olímpico Internacional (IOC); médico do Esporte do HCUNESP/Faculdade de Medicina UNESP Botucatu; supervisor e preceptor da Residência em Medicina do Exercício e do Esporte da Faculdade de Medicina UNESP, consultor em Metabolismo do Esporte do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), gerente médico nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Pesquisador na área das Ciências do Esporte, professor visitante da Harvard Medical School, médico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Board médico do UFC. Coordenador médico da Confederação Brasileira de Surfe (CBS) e Médico da Confederação Brasileira de Ciclismo.



159 visualizações0 comentário
bottom of page